quarta-feira, 22 de junho de 2022

Palpitação

Chocam-se placas tectônicas emocionais,
Em um frenesi de intensidade.
Desesperos em fora de crateras,
Tomam conta de toda a cidade.

Construções vem a baixo.
Desesperança iminente.
Tudo se torna um grande calvário,
De um grande ser impotente.

E pensar que o desastre é vital...
Que sem ele, nem estaria escrevendo.
Pois para o coração, afinal,
Só é importante continuar batendo.

Batendo. Batendo. Batendo.
Como se tivesse vontade própria ou consciência.
E eu cá, escrevendo. Escrevendo.
Para de alguma forma preencher minha existência.

Paliativo. Como a tinta no papel e o tempo.
Invariavelmente,
Vai chegar ao fim.
Consciente, ou inconscientemente.

-M. Cintra
05/01/2020

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