quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Deixe-me mas não deixe-me



Deixe-me explicar,
O que não tem explicação.
Deixe-me demonstrar,
O que não há demonstração.

Deixe-me tentar!
Estou ficando sem ar!
Deixe-me exagerar!
Preciso dizer o que é te amar!

Ver em seu olho, mais brilho que o luar.
Mais profundidade que o azul do mar.
Mais pureza que a voz de um anjo, a cantar.
Mais leveza que uma pluma, a voar.

Ver em seu sorriso, extrema sinceridade.
Força comparada ao sol, e sua claridade.
Ver também a ingenuidade,
De uma criança sem maldade.

Assim como o sol beija o mar no fim de tarde,
Em você, me apago e me acendo.
Sem nenhum alarde,
Vou aprendendo, a não ficar dependendo.

Com as pernas tremendo,
Estou vendo.
E não repreendo.
Apenas finjo que entendo.

Entre nossas almas, há conexão.
Algo muito mais profundo do que emoção.
Entre nossos corpos, interligação.
Algo muito mais profundo do que paixão.

Entre nosso olhar, há entendimento.
Entre nosso riso, há entretenimento.
Entre nosso amor, há consentimento.
Entre nós... Existe nós.

Por isso,
Deixe-me te beijar!
Deixe-me te fazer feliz!
Deixe-me te abraçar!
Deixe-me segurar seus quadris!
Deixe-me te amar!
Mas nunca,
Nunca deixe-me.