De volta ao casulo.
Onde tudo começou.
De volta ao estado de verme.
Asas cortadas, o jogo virou.
Um recomeço.
De novo, eu apareço.
Olho em volta, e reconheço.
Preciso segurar o terço.
Preciso me alinhar.
Parar de ziguezaguear.
Preciso de uma rotina.
Precisa parar a chacina!
E neste natal ensolarado,
Não teve eletricidade.
Era como se tivessem apagado,
Todas as luzes da cidade.
E ficamos no escuro.
Completa escuridão.
De almas abraçadas,
Dividindo a solidão.
E quem disse que é um pesar?
Quem disse que é preciso festejar?
Quem disse,
Mentiu.
E quem disse, sumiu.
Com isso, um caminho se abriu.
Não estamos mais perdidos, viu?
O grande mau, sucumbiu.
E não vamos ver a luzinha de natal.
Pois ela se apagou.
Não vamos crer neste tal senhor,
Pois isso nunca adiantou.
No entanto, a escuridão,
É um estado temporário.
De intensa introspecção,
E de sofrer com o imaginário.
Tem também o aprendizado,
E a necessidade de luta.
Pois para enxergar,
Vale tudo na disputa.
Inclusive união.
E mais do que isso, perdão.
Amar é a solução.
E continuamos dizendo não.
E o ano vai virar!
As coisas vão mudar.
Vamos resistir!
Vamos lutar!
E vamos ganhar!
Pois vamos nos esforçar!
Sei que vamos aguentar!
Temos uns aos outros para abraçar.
A luzinha está apagada.
E que se mantenha assim.
Pois para existir um começo,
Precisa existir um fim.