sexta-feira, 3 de junho de 2022

Isabella

Não sei se será em escala de dia;
Se será em escala de mês;
Sei, que toda noite será fria,
E eu, serei seu freguês.

Te abraço ao anoitecer;
Olho e me afogo em seus olhos de mar...
Me afogo, respirando no seu ser,
Respirando, em sua bolha de ar.

Você é real;
Tão real quanto minha dor.
Você é surreal;
Como algumas pinturas, como amor.

Você me inundou,
E eu me desesperei.
Você, simplesmente calou,
O berro que soltei.

Gritei: "Desisto!!!".
Mas, nunca fora tão bem quisto.
Nunca fora tão visto...
Por isso, insisto.

Não há horizonte,
Além de você;
Não há fonte,
Que possa me rejuvenescer.

Como você consegue com maestria;
Como você, faz de noite ou de dia.
Pois você, torna-me eu,
Até no mundo de Morfeu.

Vou enfrentar o inferno;
Vou correr para o trauma;
Mesmo que de terno,
Não vou perder a calma.

Pois você, Isabella,
Mesmo sem perspectiva,
Pôs em minha casa uma janela,
E me assistiu de cadeira cativa.

Me cuidou.
Me salvou.
Me entendeu,
E como ninguém, me compreendeu.

Nunca sairei do seu lado;
Vou me cuidar e me salvar.
Assim, como uma anjo endiabrado,
Continuarei a jurar:
"Eu te amo".

23/05/22

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