Junto com eles, explodo em mil pedacinhos brilhantes, que somem em uma ilusão de ótica.
Risadas, cumprimentos, felicitações...
Cantos, goles e encantos...
Tudo isso alheio de mim.
Estive em coma durante todo o ano.
Talvez mais tempo.
Estive submerso no inconsciente,
Estive presente e me mantive ótimo observador.
Assim, vi as máscaras.
Vi toda essa sujeira que chamam de amor incondicional.
Viví entre a poeira sentindo a dor da impotência emocional.
Agora, tudo que vejo quando olho pra mim,
É um mossaico surrealista,
Que sempre dá margem para interpretação.
Venho tentando interpretar um papel de herói,
Mas talvez minha alma seja de vilão.
Sentir essa dor,
E ter consciência de que estava em coma,
Só pode significar duas coisas:
Que acordei,
Ou morri.
-M. Cintra
01/01/2020
2h00 am
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