quarta-feira, 4 de abril de 2018

Não Morrer

Relações, amores,
Interpretações de uma pintura sem cores.
Ludibriado, rato,
Como pude ser tão descuidado?

Debaixo da sola, fétido,
Me encontrei em meu pior estado: cético.
Amedrontei todos os deuses, pouco a pouco.
Só não sabia, que os demônios tomariam o meu corpo!

Mente trucidada,
Enraizada,
Esperando pela morte,
Na guia suja da calçada.

Quero nada, vejo nada,
Nada sinto, é tudo nata!
Alma cansada,
O corpo não aguenta a caminhada.

E é por essa razão,
Somente por essa razão,
Que me foi necessário,
Um novo olho de ilusão.

Com isso o medo sumiu.
Abram alas!
Se não tenho pernas,
Abro minhas asas!

Perdi tudo que dava pra perder.
Sofri tudo que tinha que sofrer.
Natural...
Perdi todo o medo de morrer!

Levanto minha cabeça,
E olho para frente.
Hoje, quem assume minha vida,
É minha própria mente,
Novamente.

Teremos como meta.
A medida paliativa do ser.
Nem em morte, nem em vida:
"Não Morrer".