É hora de se trancar;
Ele encara o monte...
E sonha em o escalar.
Grades o prendem.
Hades e demônios o temem.
As mentiras o desprendem;
Mas suas miras o desmentem.
Ele tenta acertar;
Com calma, mirar e acertar.
Mas sua alma, já a aceitar,
Põe o trauma a seu avistar...
E em sua palma, destrói seu próprio lar;
Corrói seu bem estar...
Constrói seu alucinar...
E como herói, em seu caminhar,
Dói, volta ao triunfar;
Ele segue, sem saber,
A famosa, do herói, jornada;
Já premeditada, se você for ler...
Mas vivendo, é totalmente premeditada.
Ele se pergunta sobre o destino...
Se pergunta, desde menino...
Isso, pois já sabia de seu heroísmo;
Já sabia o que causaria seu imparável altruísmo;
Conheceu, através da TV;
Conheceu, através de CDs,
Gente que consegue manter a pureza de bebê,
Em letras, mesmo com o mundo fodendo vocês.
Então, ele ficou dividido;
Se perguntou se fora iludido;
Se o presente é só parte do infinito,
Que um dia, já fora prescrito...
Logo, ouve-se um grito;
É hora de se trancar...
O tempo sopra seu apito,
E corremos, sem nos tocar,
De que como em um show de marionete,
Sentimos a expressão como confetes...
É real, bonito e tem que limpar;
É carnal, aflito e não há como tocar...
É hora de se trancar;
Seis meses, para variar...
É bom, para ignorar,
O Deus tempo, que está a o matar.
Ele acorda.
Se pergunta: "como, se já pulei da borda?";
Então, percebe que para ele é pouco...
Vai voltar ao monte, pois é 'o Louco'...
Nosso herói, de novo, vai se jogar...
Quem sabe, não vence o tempo, e consegue voar?
Afinal, é hora de se trancar.
29/05/22
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