domingo, 8 de novembro de 2015

Loucura ou hipocrisia

Existe a realidade real,
E a realidade inventada.
Mas o desfecho é igual,
E não é como conto de fada.

Existem máscaras.
Uma para cada ocasião.
Existe um motivo para viver assim?
É uma interna escravidão!

Interna.
Mas causada pela parte externa.
Eterna.
Seja materna ou paterna.

Então se liberte.
Isso sem titubear.
Para que caminhar,
Se você pode voar?

Mesmo sem ar, continuar.
Num bater de asas, decolar.
Ser quem você é, pra variar.
Sem com a opinião alheia, se importar.

O ideal é o meio termo.
É ser um louco consciente.
É agir com a razão,
Mas viver de forma ardente.

Mas aí está o problema.
Está o ópio da humanidade.
As pessoas simplesmente não conseguem,
Mostrar quem são de verdade.

Ou partem para o moralismo,
Ou para a loucura desenfreada.
Arranquem essas máscaras!
A verdade é sua alçada.

Qual é o seu medo?
É deixar de "parecer?
Passe a ser.
Antes que passe a não se reconhecer.

Por isso existem dois caminhos.
E é sua escolha, qual trilhar.
Loucura ou hipocrisia:
Em qual você vai se acabar?

sábado, 7 de novembro de 2015

Chamem o Doutor!


Utopia de ouro,
Amarrada por cintas de couro.
Pensamento emaranhado,
Buscando entender meu estado.

Conquistas passam a vir.
As vitórias, passam a acontecer.
Penso que então, vou poder sorrir.
Mas há muito mais para se entender.

A magnitude é complicada.
E a plenitude, a utopia.
Quando a companheira, é a madrugada,
E a labuta, é durante o dia.

Muita água já rolou.
E muita coisa já foi provada.
O que é que falta então,
Para ter a minha alma lavada?

Aí deito, e fecho os olhos.
Mas dessa vez, não posso entender.
Por favor chamem o Doutor!
Preciso voltar a ver.

Chamem o Doutor!
Estou sonhando demais!
Chamem o Doutor!
Ele trará minha paz!

Chamem o Doutor!
Isso é uma emergência!
Chamem o Doutor!
Quando é alma, tem urgência!

Me imagino ali, sentado,
Naquela poltrona de couro.
Tentando entender meu estado,
E fugindo do matadouro.

Dando muita risada,
Vendo uma hora passar.
As vezes nem tinha piada,
Era rir para não chorar.

E depois de tanta orientação,
E tanta lágrima derramada,
Chegou a hora, então,
De voar, sem sua alçada.

Pois paguei a conta do analista.
Mas hoje, sei quem eu sou.
Sou simplesmente um artista,
Um artista que se suicidou.

Terá para sempre minha gratidão,
Que virá acompanhada de respeito.
Eu caí, e você segurou minha mão.
Nunca vou esquecer este feito.

Hoje, fica só a saudade,
De um tempo que nunca voltará.
E como o único requisito é a verdade,
No sonho, ainda terá o ratatá.

Chamem o Doutor!
Estou sonhando demais!
Chamem o Doutor!
Ele trará minha paz!

Chamem o Doutor!
Isso é uma emergência!
Chamem o Doutor!
Quando é alma, tem urgência!

Chamem o Doutor!
Sei que ele pode me ouvir!
Chamem o Doutor!
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