terça-feira, 22 de outubro de 2013

Lua cheia cor de mel

Meu barco está pronto para alçar um vôo.
Suas velas estenderam-se na horizontal.
Me resta celebrar o amargo choro,
Do velho ego animal.

A quilha já não está mais submersa.
Popa e proa, alinhados a genoa.
Ponto de apoio, vem da vela mestra.
E o mastro, assento de outra pessoa.

Navego entre as nuvens,
Buscando um porto para atracar.
És em ti, formidavel lua,
Que minha âncora vou jogar.

Oh lua cheia cor de mel,
Nunca te ví assim tão perto!
Já me vejo com bacharel,
Em não saber se é certo o incerto.

Pois como não tenho certeza se é certa a incerteza,
Seguirei com a minha certeza,
De que seguir a seta da incerteza,
É a única proesa existente na beleza,
De viver a incerteza.

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