domingo, 8 de setembro de 2013

Ceifeiro



Palavras saem de minha boca
e ecoam sem sentido nenhum.
Qual é a vantagem de matar,
se a mim não fez mal algum?

Em mim você está viva.
Mais viva do que nunca.
Mas algo aí dentro morreu.
Já, em mim, nasceu.

Me sinto preso em uma roda gigante.
Esculpida em gelo,
banhada em lágrimas,
Com sua maldade como selo.

Minha realidade externa,
não combina com a interna.

O que é amar?
O que é o amor?
O que é sentir?
O que é viver?

Nossos corpos se tocaram,
se sentiram,
se "amaram".

Mas nada daquilo era real.
Hoje vejo a diferença,
De uma enorme dependência,
para um amor incondicional.

O que você representa?
O que você significa?
O que você é?
O que sinto por você?
Porra, quem é você?

Hoje, convoco essa criatura majestosa,
Para dar algo, que você mereça.
Venha Ceifeiro, venha!
Corte junto comigo, aquela cabeça.

Minha decisão está tomada.
Não irei fraquejar.
Continuarei minha jornada,
Sem um "amor" para me acostumar.



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