terça-feira, 15 de agosto de 2017

Dama do Marlboro

Te vejo queimar.
Te vejo em meus pulmões.
Te vejo em meio ao ar.
Se destacando dos padrões.

Te vejo com elegância.
Mesmo com o ar sombrio.
Só importa a instância.
O passado, nem existiu.

Furos em seu filtro,
Para amenizar a intensidade.
Para não fazer tão mal.
E conviver com a insanidade.

Dama do Marlboro,
Responda ao tolo!
Onde está o seu tesouro,
Já que tudo que toca vira ouro?

Dama do Marlboro,
Ouça todo este coro.
É de apenas mais um louco,
Que se encantou.

E pelo fim, se apaixonou.
Foi sentenciado.
A vicer sob a neblima,
De teu belo esfumaçado.

Então deixe-me explicar,
O que não tem explicação.
Deixe-me demonstrar,
O que não há demonstração.

Deixe-me tentar!
Estou ficando sem ar!
Deixe-me exagerar!
Preciso dizer o que é te amar!

Ver em seu olho, mais brilho que o luar.
Mais profundidade que o azul do mar.
Mais pureza que a voz de um anjo, a cantar.
Mais leveza que uma pluma, a voar.

Ver em seu sorriso, extrema sinceridade.
Força comparada ao sol, e sua claridade.
Ver também a ingenuidade,
De uma criança sem maldade.

Assim como o sol beija o mar no fim de tarde,
Em você, me apago e me acendo.
Sem nenhum alarde,
Vou aprendendo, a não ficar dependendo.

Com as pernas tremendo,
Estou vendo.
E não repreendo.
Apenas finjo que entendo.

Entre nossas almas, há conexão.
Algo muito mais profundo do que emoção.
Entre nossos corpos, interligação.
Algo muito mais profundo do que paixão.

Entre nosso olhar, há entendimento.
Entre nosso riso, há entretenimento.
Entre nosso amor, há consentimento.
Entre nós... Existe nós.

Por isso,
Deixe-me te beijar!
Deixe-me te fazer feliz!
Deixe-me te abraçar!

Deixe-me segurar seus quadris!
Deixe-me te amar!
Mas nunca,
Nunca deixe-me.

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