sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Vinte e um

Plasmo para que chegue,
O dia de ser feliz.
O dia tão esperado,
De apagar a cicatriz,

Que eu mesmo fiz.
Com escolhas erradas.
Escolhas que me cobram,
Em todas as estradas.

Tudo aconteceu tão rapido!
Foi como um grande zoom.
Apenas um piscar de olhos,
E eu já tenho vinte e um.

Eu só tenho vinte e um.
Irresponsável, e pa, e pum.
Com uma coisa incomum:
Necessidade de não ser mais um.

Eu só tenho vinte e um.
E muito vento aconteceu.
A dor passou a ser comum.
E parte do meu eu morreu.

Ouço o chamar do mar.
Não é algo para se recusar.
Mergulhar.
Se aprofundar.

E emergir,
Para puxar o ar.
E submergir,
E parar de respirar.

Estou em constante mudança,
Buscando sempre aprendizado.
A meta é encontrar a criança,
Que se perdeu neste reinado.

Buscar a pureza.
Beber da água da minha essência.
Para encontrar a beleza,
Existente na inocência.

Vou voar.
Não existe lugar comum.
Afinal de contas,
Eu só tenho vinte e um.

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