quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Ia...

Ficava sempre no Ia.

Imagina só a agonia.
Dependente de poesia.
Escrever, que ironia,
Me tirou da apatia.

Houve até um dia,
Em que o povo apenas ria.
Se divertia enquanto via,
A destruição da interna sacristia.

E eu só assistia,
Enquanto meu presente sucumbia.
Enquanto eu simplesmente desistia.
Enquanto eu não ia.

E foi preciso acrobacia,
Utilizar minha grafia,
Para ter de volta a alegria,
Que eu já tive um dia.

Hoje a minha alergia,
É somente ter fobia.
Da época em que eu não vivia,
E apenas sobrevivia.

E na completa apatia,
Sei que me contentaria,
E feliz eu ficaria,
Com qualquer aposentadoria,

E em toda noite fria,
Vinha a comum taquicardia,
Acompanhada da arritmia,
No compasso da agonia

Mas hoje, sem anestesia,
Foi feita a cirurgia.
Acabou a putaria,
É suar, sem cortesia.

E no ritmo da dor,
Lento e dançante
Que me acompanhe o amor,
Nesta dança alucinante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário