-
Finalmente nos encontramos.
Aqui, face a face.
A temida parte de mim,
Que sempre se mantinha em disfarce.
Alí, escondida.
Camuflada.
Perdida.
Descontrolada.
Ainda sinto vergonha,
Dos inúmeros olhos esbugalhados.
Parece quando a gente sonha,
E acorda apavorado.
Suado, e sem entender.
O que é que tinha acabado de acontecer.
Porque é que eu era o centro da atenção,
Sendo que dessa vez nem planejei a situação?
Confuso,
Com pensamentos emaranhados.
Sob o uso,
Dos espíritos renegados.
Seria um carma,
Se fosse essa minha crença.
Mas é só a janela da alma,
Que as vezes berra por inocência.
Seria sim só um carma.
Mas não sou religioso.
É só a janela da alma,
Expulsando o calaminoso.
Misticismo envolvido.
E eu cismo que faz sentido.
O Pajé, era escolhido,
Pelo seu cérebro ferido.
Ou a penitência por sentir,
Também é uma opção.
As vezes é se esbaforir,
De tanta diferente emoção.
De qualquer forma, aceitei.
Até já me acostumei.
O pote enche, e eu já sei:
Logo menos, transbordarei.
E desta forma, é só uma,
Uma única pessoa,
Que me conhece por completo,
Que conhece a minha garoa.
Que sabe o que é o medo,
O medo de mim mesmo.
O medo de ter medo,
E assim, demonstrá-lo.
Por isso, seria um carma,
Se fosse essa minha crença.
Mas é só a janela da minha alma,
Que as vezes berra por inocência.
Seria sim só um carma.
Mas não sou religioso.
É só a janela da alma,
Expulsando o calaminoso.
Hoje te confronto,
E sou eu quem desafia.
Só aceito e pronto:
Me beneficio da Epilepsia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário