Quando você olha pro horizonte,
E nada vê além de dor,
E quando nem sequer tem a ponte,
Para atravessar até o amor,
Fica difícil continuar.
Nesta trilha caminhar.
Sem o próprio brilho ofuscar,
E a neblina te cegar.
Mas a escuridão,
Nunca é eterna.
Pois nessa caverna interna,
O ceifeiro da morte hiberna,
Esperando a oportunidade
Para te puxar pela perna.
Então se interna.
No seu próprio pensamento.
Seja livre.
Voe a todo momento.
Crie asas.
Tente no céu aprender a voar.
Sobre as casas,
Sem no fel se esborrachar.
Quando doer,
Se entregue a dor.
Quando amar,
Se entregue ao amor.
Se sofrer,
Se entregue as lágrimas.
Se cair,
Se entregue as lástimas.
Viva a porcentagem completa.
Sem essa de 50%.
Viva como vive o poeta,
Que no momento, caminha contra o vento.
Arrisque.
Se ergue.
Ou não petisque,
E se entregue.
A escolha é simples.
Sem muita enrolação.
Ou cresce, e se entrega ao viver,
Ou morre na completa enganação.
Seja gostoso, seja doído,
Apenas viva.
Para que o gosto, deste fluído,
Não faça com que você só sobreviva.
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