segunda-feira, 1 de junho de 2015

Escalada


Quantas vezes tive a fé abalada.
Quantas vezes me perdi na solidão.
Quantas vezes minha voz foi calada,
Em prol de uma desconhecida multidão.

Quantas vezes, durante a madrugada,
Senti um calafrio escaldante.
E ajoelhei, de boca calada,
Implorando por mais uma chance.

Tudo se trata de dor.
E porque não chorar?
Lágrimas lavam o amor,
E inundam todo o pesar.

A luta é constante.
E o suor é a consequência.
Por isso grito: AVANTE!
Não há tempo para desistência.

Um aleijado caminhando.
A determinação é minha muleta.
Um cego enxergando.
Pois escrevendo, vejo de luneta.

O caminho é estreito.
E cheio de armadilha.
Cada vez que escapo,
Minha alma brilha.

Em mim mesmo, preciso ter fé,
Pois é dura a caminhada.
Mesmo que descalço, e a pé,
Preciso continuar a escalada.

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