quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Minha companheira solidão
Minha fria companheira,
Que acompanha meus pensamentos.
Autora da minha olheira,
E de meus mais sórdidos sentimentos.
Que me acorda de madrugada,
Com o travesseiro encharcado.
Que pesa uma tonelada,
E me deixa machucado.
Que me acompanha diariamente,
Que não sai da minha mente.
Quem assiste não mente,
Se diz que ajo como demente.
Seu nome se define.
É impiedosa, e sem coração.
Por isso, se vacine,
É chamada solidão.
Tortuosamente amada,
Inegavelmente odiada,
Culturalmente adorada,
Irresistivelmente detestada.
Morre uma crença, um valor.
Vem um vazio, uma busca por paixão.
Junto vem a tal conhecida dor,
E minha companheira solidão.
Um paradoxo sem explicação.
O "ser só", ser minha companhia.
Minha escudeira, companheira solidão,
Me acompanhe dia após dia.
Não é uma opção fazer de ti um pesar,
Então quero que se sinta acolhida!
Vou apenar lhe saudar:
Seja bem vinda a minha vida.
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