sábado, 20 de outubro de 2018

Poexilhado

O barco quebrou.
O pó espalha por toda parte.
O poeta se isolou.
Resolveu abdicar de sua arte.

Partiu a nado,
Vendo o nada.
Procurando o nunca encontrado.
Seu antigo conto de fada.

Sem pulmão,
Cuspindo de tripas a coração,
Se agarra a um pedaço de terra.
Era uma utopia. Ele berra.

Ilhado, pirado e revoltado,
Temos um poeta exilado.
Não há nada nem ninguém ao lado.
Eis mais um louco, enjaulado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário