terça-feira, 5 de abril de 2016

Carta aos que Juram.

Aonde estão vocês,
Que diriam,
Que estariam,
Mas não vejo...

Todos estavam a volta,
E sorriam,
E cresciam,
Sem medo...

Que bateu em minha porta,
No momento,
Em que diziam,
É tão cedo...

Me congelei,
E ao relento,
Eu torturei,
Eu mesmo...

Na enorme cela,
Construída,
Em um presídio,
De gelo...

São lágrimas que escorrem,
Dos meus olhos,
E constroem,
Pesadelos...

Que musicados,
Aliviam,
Os pecados,
Do meio...

E eu não quis falar,
Pra não enxergar...
Mas é tarde demais,
Não dá pra voltar atrás...

E eu quis concertar,
O que veio a calhar.
Mas só fiz piorar,
O que ainda vai rolar...

E o vento vai soprar,
E eu vou envergar,
Mas não vou cair,
Vou só envergar...

E aonde estão vocês?
Os amores?
Os eternos,
E isentos?

Aqueles que juravam,
Que segurariam,
E não deixariam,
Receio...

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