quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Anjo Caído

Vinte e um anos na jornada,
Fazendo merda pra caralho,
Vivendo na intuição,
Pra não ser mais um otário.

Hoje o presente é o auge,
De uma estrada montanhosa.
Que ainda manterá a inconstância,
E é sempre enganosa.

O brilho emana ao meu redor!
Mesmo com falta de fé.
É a ideia de que o suor,
Sempre me mantém de pé.

Almejando liberdade,
Fiz mudanças corajosas.
Expulsei os meus demônios,
E fui buscar minhas rosas.

Mas as vozes continuam.
Elas não param de soprar!
Elas não param de dizer:
Você vai conquistar.

E foi aí que eu descobri.
Não tenho que expulsar!
Os demônios que conheci,
Vão somente me ajudar.

Pois eles são como eu,
E como quem se identificar.
Anjos caídos e injustiçados,
Com uma sede a saciar.

Sentir que é diferente.
Que tem algo de especial.
Sentir que é linha de frente,
Pois se defende com o próprio arsenal.

Sentir que não é daqui!
Que pertence a outro lugar.
Até tem vontade de fugir,
Mas a responsa, vai priorizar.

É acordar de madrugada,
Depois de um puta pesadelo,
Pegar o beck, a caneta e a levada,
E escrever um rap inteiro.

É enxergar beleza no feio,
É enxergar feiura na beleza.
Ver que o forte é fraco o tempo inteiro,
E que o fraco é esquecido na tristeza.

E se eles são como eu,
Alguém tem que se identificar.
Anjos caídos e injustiçados,
Com só uma sede a saciar.

E se ninguém se identificar,
Simplesmente foda-se.
E quando eu passar,
Que pescoços torçam-se.

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