Não agir como um covarde.
Assumir na terra, sua missão.
Com calma, e sem alarde,
Sem aceitar a atual condição.
Olhar em volta,
E não se sentir fazendo parte.
Como a pichação no bairro nobre,
Que nunca vai deixar de ser arte.
Viver, sem tremer.
Sem deixar a perna amolecer.
Sem ceder.
É fazer acontecer.
Criar raízes no chão.
E manter a tremedeira.
Mas que ela não te impeça, irmão,
De se aquecer na sua lareira.
Viver é muita treta.
É caminhar sobre espinhos.
É precisar de uma luneta,
Para enxergar os caminhos.
Viver é muita treta.
É um raio ultravioleta.
É o transformar da borboleta.
É o estrondo da escopeta.
A liberdade de escolha,
A autonomia.
Hoje é desprezada,
Pela maioria.
E a minoria,
Nunca é escutada.
Ilusão minha que um dia,
Será ajudada.
Quem está no madeirite,
Não tem muita opção.
Ou vira um Dentinho, um grafite,
Ou se contentará com o arroz e feijão.
Muita treta.
É a arte de viver.
Fica aí, capeta:
Meu sangue, você não vai beber,
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