Vamos conversar.
Porque anda tão ligeira?
Tenta se acalmar...
Aqui, toma a saideira.
Agora você vai me escutar.
Chegou minha vez de falar.
De desabafar.
De desabar.
As mãos trêmulas sob o papel,
São como nuvens carregadas no céu.
Desabam conteúdo sobre o nada,
E de lá nasce alguma parada.
Mais uma vez.
Mais uma madrugada.
Como em um jogo de xadrez,
Me sinto sem jogada.
Xeque-mate.
Cheque para ver.
Não tem saída,
E nem para onde correr.
A alma berra agudo,
O que a mente tenta esquecer.
E o coração chora mudo,
Deixando o amor desvanecer.
Possuo um universo particular.
Uma dimensão paralela.
Tudo isso na minha cabeça.
Uma aquarela de idéias.
Na velocidade da luz.
Pintando e transbordando.
E logo, atraindo urubus,
Que vivem me rodeando.
As vezes me pego aflito.
E com isso, me irrito.
Quero fugir do conflito.
Mas isso, só tenho dito.
Meu conflito é você!
Chego a essa conclusão.
Por isso não tem pra onde correr,
É de nascença, concussão.
Vamos fazer as pazes,
E esquecer o passado?
Sei que te machuquei,
Durante todo aquele legado.
Mas o que podemos fazer?
Vemos o mundo diferente!
Simplesmente não conseguimos,
Colocar a máscara de indiferente.
Se eu pudesse voltar no tempo,
E refazer meu caminho,
Você estaria nova como o vento.
E não como um redemoinho.
Você é rápida.
É temperamental.
É instantânea.
É anormal.
Você e ininteligível.
Nunca é previsível.
E as vezes nem parece,
Que você é invisível.
Você é tempestade.
Você é furacão.
Você é metade.
O resto é intuição.
Você é o exagero.
É a ânsia pela liberdade.
Você é como gelo.
Você é castidade.
Você tem muito potencial.
Quase ilimitado.
Mas você ama o carnal.
Cuidado.
É muito conteúdo!
Cuidado para não encher.
É muita vivência!
Cuidado para não esmorecer.
É muito conteúdo!
Cuidado para não se perder.
É muita vivência!
Cuidado pra não enlouquecer.
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