Liberto das amarras casuais,
Dos medos, e afrontas tão normais,
Tudo que vejo hoje é um belo cais,
Cuja luz, reluz com os corais.
O cansaço consome as energias,
Então, um cigarro eu acendo.
Olho para frente, e vejo vários dias.
Acalmo-me, e ao futuro me rendo.
As costas estão doloridas.
E as pernas estão tremendo.
Mas aprendi que as feridas,
Sempre se curam com o tempo.
Porque sim, sou o que dizem.
Se não fosse, porque diriam?
E já que sou, frisem...
Gosto que me enraízem.
Se sou? Sim sou.
Por favor, continuem a dizer.
Foi assim que um homem se formou,
E assim vai permanecer.
É até o limite.
Até o osso colapsar.
Então não me irrite,
Só me deixe triunfar.
Pois chegou o meu momento.
E é melhor eu aproveitar.
Já não há mais tormento.
É quase hora de comemorar.
Pois um dia, ao relento,
Vou poder ter o que falar.
Dizer que houve um momento,
Que eu quis com tudo terminar.
Mas para manter o meu sustento,
E para não desanimar,
Encontrei o jeito perfeito,
De dar à volta, e ganhar.
Hoje quase sem ar,
Tenho forças para continuar.
De onde, não dá nem para imaginar.
Só me resta aproveitar.
Porque sim, sou o que dizem.
Se não fosse, porque diriam?
E já que sou, frisem...
Gosto que me enraízem.
Se sou? Sim sou.
Por favor, continuem a dizer.
Foi assim que um homem se formou,
E assim vai permanecer.
Posso até dar risada.
Mas que situação terrível...
Quem diria, que essa parada,
Ia me servir de combustível.
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