Em um frenesi de intensidade.
Desesperos em fora de crateras,
Tomam conta de toda a cidade.
Construções vem a baixo.
Desesperança iminente.
Tudo se torna um grande calvário,
De um grande ser impotente.
E pensar que o desastre é vital...
Que sem ele, nem estaria escrevendo.
Pois para o coração, afinal,
Só é importante continuar batendo.
Batendo. Batendo. Batendo.
Como se tivesse vontade própria ou consciência.
E eu cá, escrevendo. Escrevendo.
Para de alguma forma preencher minha existência.
Paliativo. Como a tinta no papel e o tempo.
Invariavelmente,
Vai chegar ao fim.
Consciente, ou inconscientemente.
-M. Cintra
05/01/2020
Nenhum comentário:
Postar um comentário