A chuva começa a cair.
Ouço o canto do trovão.
Segurando a garrafa de vinho,
Tenho noção de imensidão.
A solidão me abraça,
E a consciência vai embora.
Mudo.
Já era hora.
Escolho minha companhia,
Mesmo sendo a falta de uma.
Plasmando a chegada do dia,
Em que a necessidade do outro, suma.
Que eu me baste.
Que seja suficiente.
Que meus próprios pensamentos,
Não aprisionem minha mente.
Não limitem o crescimento.
Não imitem o conhecimento.
Não insistem em esquecimento.
Não falte encorajamento.
Chegou o momento!
A famosa transição.
A escolha por tormento,
Ou a formação de opinião.
Um brinde a confusão!
Um brinde a boemia!
Já que a noite pra mim é dia,
Que se acenda a sensação!
Mãos gélidas e trêmulas,
Seguram a garrafa quase vazia.
Mantém a temperatura da minha alma.
Aquecem a empatia.
E para que eu não seja frio,
Jogo no chão mais um maço vazio.
Olho para as cinzas, e sorrio.
Estou andando no meio fio.
Alma de equilibrista!
Mantendo erguida minha fé.
Com uma perna, e sem vista,
Não deixo cair, e fico em pé.
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